sábado, 5 de novembro de 2011

Jabuticabas

São sinfonias ininterruptas, seguem sua melodia sem necessidade de regente. Só surgem. Tocam nossos ouvidos suavemente, enfeitiçando. Somos hipnotizados pela doçura.

Olhos atentos e ternos nos acompanham. Só olhos... Estão em todos os lugares. Provocativos. Olhos que são provados, são sentidos, são aprovados. Olhos doces e vigilantes. Abundantes.
No começo estamos distantes, mas ligados pelo encanto. Na ponta das ramas, na ponta dos pés. Elevamos-nos, flutuamos. De repente os galhos, os braços, as copas, os abraços.

Sem tempo para suspiros. Sem tempo para cálculo. Podemos ter todos. Até nos satisfazer. Porém nunca saciar.

Chegam com o verão.
Beijos.

1 comentários:

Joaquim disse...

Poxa! Me deu até vontade de experimentar jabuticadas!

Você escreve muito bem, seus textos trazem muito de você, dá para sentir sua presença nas idéias e palavras.

Agora mesmo, lendo, senti sua presença ao ler esse texto.

Postar um comentário